segunda-feira, 17 de setembro de 2012
Concepção Construtivista - Texto da Apresentação disponibilizada na Plataforma
Achei que assim ficou melhor para imprimir e estudar...
Bons estudos a todos!!
Concepção construtivista de alfabetização
As contribuições de Piaget e Emília Ferreiro
Contribuições de Piaget
percurso do desenvolvimento da inteligência;
assimilação, acomodação e equilibração;
aprendizagem significativa pela apropriação do objeto, cujo conhecimento se dá pela experimentação – internalização.
Sociolingüística
atribui à linguagem uma função essencialmente social;
trata dos principais aspectos da relação entre linguagem e sociedade, que se referem a variedades lingüísticas, norma padrão e erro;
trata a língua como um objeto externo de estudo;
organização social do comportamento ligüístico – uso da língua , atitudes e comportamentos das pessoas e relação à língua e aos seus usuários.
Psicolingüística
ocupa-se dos aspectos psicológicos e cognitivos relacionados à linguagem;
está ligada diretamente ao processo de comunicação e às operações mentais envolvidas das atividades comunicativo-verbais: fala, audição, leitura e escrita;
Psicolingüística
aprendizagem como processo interno, disparado pela interação, não apenas com o objeto, mas também como os demais sujeitos envolvidos no processo comunicativo;
analisa a língua em situações comunicativas concretas, no contexto social em que o sujeito se encontra.
Emília Ferreiro
psicóloga e pesquisadora argentina, radicada no México;
doutorado na Universidade de Genebra, sob a orientação de Jean Piaget;
nasceu na Argentina em 1937, reside no México, onde trabalha no Departamento de Investigações Educativas (DIE) do Centro de Investigações e Estudos avançados do Instituto Politécnico Nacional do México.
Signo lingüístico = palavra
A palavra é exatamente aquilo que ela representa?
Representa diferenças em seus significados?
Representa a diferença entre as propriedades de um objeto e de outro?
Representam a realidade ou a parte da realidade que cada um consegue ver?
A palavra e a criança
Como funciona o pensamento da criança, quando busca compreender o mundo das palavras, desde o dia em que nasce?
Como elas produzem suas hipóteses para compreender o mundo pelas palavras?
Elas sabem o que elas significam ou ela formula hipóteses para buscar a sua comprovação, ou não, pela vivência de uma experiência concreta com a palavra?
Piaget – busca da aprendizagem significativa, pela experiência que busca conhecer e dominar o objeto;
Freire – a palavra que precisa ganhar um significado no mundo, a palavra-mundo;
Ferreiro - ouvir as hipóteses para a busca da compreensão e da significação da palavra mundo, no mundo e na experiência de cada um.
O ponto de partida
a criança conhece a língua que usa – falante da língua materna;
gramática internalizada - da variedade lingüística que conhece;
esse conhecimento independe da classe social e do contexto cultural;
únicos impedimentos reais: comprometimentos de ordem neurológica ou similar, que imponham limitações.
O estudo e seus resultados
observação, acompanhamento, escuta, compreensão;
metodologia sistematizada e organizada: coleta de dados, tabulação, análise e descrição;
variações e possíveis generalizações.
Níveis de desenvolvimento
Nível 1 – pré-silábico
Nível 2 – intermediário 1
Nível 3 – silábico
Nível 4 – intermediário 2
Nível 5 – alfabético
Nível 1- pré-silábico
Fase pictórica – desenho pelo prazer em seguida descobre o desenho como possibilidade de representação mental.
Fase gráfica primitiva – os desenhos tornam-se, aos poucos, linguagem escrita, a criança inventa a “sua própria escrita”, noções de linearidade e de símbolos, “pseudoletras” e até letras que conheça de seu universo cotidiano.
Nível 1 pré-silábico
Fase pré-silábica – distingue desenho, letra e número; servem para escrever, escrita instável, combinações aleatórias, compatibilidade com o estágio de desenvolvimento da inteligência – ainda não atingiu a conservação.
Hipótese quantitativa e hipótese qualitativa.
Exemplos:
boi e borboleta;
formiga e lobo
Bernardo e Davi;
Características principais:
escrita espontânea de substantivos;
omissão de artigos e verbos em “seus escritos”
ausência de preocupação com a correspondência entre grafema e fonema;
não reconhecimento do valor sonoro convencional;
Nível 2 - intermediário 1
conflito: não domina o sistema e alega com freqüência que “não sabe escrever”;
sabe que suas hipóteses não são O sistema, nem o que esperam como correto;
estímulo e encorajamento.
Características:
inicia a busca a correspondência entre letra e valor sonoro;
escreve “AMERAI” : abacaxi porque começa com a a termina com i;
percebe uma certa estabilidade exterior das palavras: formas fixas, mas não sabe como organizá-las;
o trabalho com nomes próprios, nesse nível, é fundamental.
Nível 3 - silábico
compreende a estabilidade e atribui valor sonoro para cada “pedaço” da palavra;
pode estabelecer a correspondência convencionalmente ou não.
exemplo: CAMELO pode ser AEO, ou pode ser ATO, ou ainda ATL
Características:
palavra precisa de mais de uma letra ou mais de duas – “completa” as palavras quando acha que as que colocou não é suficiente;
não diferencia categorias lingüísticas;
a correspondência sonora se estabelece na busca de que a escrita reproduza a fala.
Nível 4 – intermediário 2 ou silábico-alfabético
novamente surge o conflito – acredita que o problema está resolvido, mas percebe que os adultos não compreendem sua escrita, ou ainda, que ela não é igual a dos adultos;
testa a hipótese de que ela precisa de mais letras do que imaginava para escrever as palavras.
Nível 5 – alfabético
domínio da correspondência grafofonêmica;
reconhece valores sonoros menores do que a sílaba;
representa graficamente o seu pensamento e lê compreendendo o que está escrito;
ainda não domina a escrita do ponto de vista da ortografia;
não compreende nem domina a divisão na organização e palavras nas frases. Ex: “Omininocom proum gato.”
Características:
compreensão da lógica da base alfabética da escrita;
conhecimento da correspondência grafofonêmica;
reconhecimento do fonema como unidade mínima da palavra;
capacidade de distinguir letra, palavra e frase.
Práticas Alfabetizadoras Construtivistas
Não tem método, mas tem princípios :
Para aprender é preciso agir sobre o objeto do conhecimento;
Os mecanismos cognitivos estão em constantes reestruturações e têm forte relação com os estágios de desenvolvimento;
Para compreender a lógica do aluno é necessário deixar que ele exponha suas hipóteses. O erro é, na maioria das vezes, a matriz de uma lógica concebida.
Quando o aluno se sente estimulado a aprender e levado a pensar sobre suas hipóteses com atividades desafiadoras, ele é capaz de superá-las e avançar para níveis mais elaborados.
A escrita não é simplesmente uma transcrição gráfica da fala, é preciso entender o funcionamento da escrita em que suas propriedades se manifestam: nos textos;
A criança aprende a falar falando na medida em que interage com situações reais e significativas. A leitura e a escrita também acontecem desta maneira. Cabe à escola criar contextos significativos para seu uso.
O processo de escrita e de leitura deve partir da lógica que criança concebe em seu nível psicogenético.
A alfabetização sob novos olhares
Paulo Freire - visão antropológica ( ser social ) – “A leitura do mundo precede a leitura da palavra.”
Wallon – processos de análise e síntese – trabalhar com todos os elementos que envolvem a escrita de forma simultânea (letras, sílabas, palavras, textos).
Vygotsky- visão sociointeracionista
Desafios cognitivos
Pré-silábicos :
Para o pré-silábico: favorecer um espaço de contradição para a criança que ainda não percebeu que a escrita representa a fala e utiliza outros critérios de análise. Coloque uma criança que esteja silábica para ser parceria na atividade. ( Agrupamentos produtivos)
. Rato . Gato . Pato
Peça para que a dupla associe a figura ao desenho
Pré-silábicos
– Atividades com o nome (bingo de nomes, jogos com crachás, listagem).
– Relacionar o desenho com a escrita.
– Bingo de letras.
– Escrita espontânea.
– Jogo da memória (figura-escrita).
– Jogos de encaixe (figura associada à escrita).
– Dominó de letras.
– Atividades de distinção entre sinais, números e letras.
– Classificação de palavras de acordo com o número de letras, com a letra
inicial e com a letra final.
– Atividades que estimulem a memorização global de palavras apresentadas
em contextos significativos de uso da escrita.
– Atividades que explorem a vinculação do discurso oral com o texto escrito.
– Identificação da mesma palavra escrita com diferentes tipos de letras (caixa
alta, imprensa, script).
Silábicos
Trabalho com letras aborda a idéia de que elas são entidades em si mesmas:
Identificá-las como um conjunto de entidades específicas.
reconhecer e produzir suas formas ( ordem das letras na lista dos nomes, agendas telefônicas, dicionários
Associar-lhes a sons correspondentes.
Estratégias...
- Aluno silábico sem valor sonoro com outro que esteja silábico com valor sonoro.
- Aluno silábico com valor sonoro, mas que tenha pouco repertório de letras com outro aluno silábico com valor sonoro com rico repertório de letras.
-Aluno silábico –alfabético com aluno alfabético, etc
Desafios Cognitivos - silábicos
Ditado ilustrado da primeira letra
Ligar o nome do objeto ao desenho
Contar o número de letras de cada palavra.
Cruzadinha ilustrada.
Colocar as letras na ordem certa nas palavras.
Coloque o número de letras que cada palavra apresenta,depois organize os animais de acordo com o número de letras.
GATO ______
FORMIGA ______
CANGURU ______
URUBU ______
RATO ______
Obs.: Esta atividade ajuda o aluno a perceber que a quantidade de letras para escrever as palavras é muito maior que a que ele utiliza quando escreve de forma espontânea. Tal processo ajuda a refletir sobre o número de letras necessário para escrever alfabeticamente, aproximando mais o aluno a esse tipo de escrita.
Desafios Cognitivos – Fase Alfabética
Compreende o sistema alfabético, mas não domina ainda as normas ortográficas.
Ainda apresentam segmentação nas palavras.
Pontuação dos textos.
Caminhos para a Aprendizagem significativa:
Acesso à diversidade de textos- literatura, anúncios publicitários, notícias, receitas...
Quando?
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário